A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26) foi realizada em Glasgow, Escócia, Reino Unido. O evento ocorreu de 31 de outubro a 12 de novembro de 2021. Participaram da COP26 representantes de 197 países, incluindo líderes políticos, delegações governamentais, organizações não governamentais, cientistas, empresários e ativistas ambientais. A presença diversificada e global refletiu o interesse e a importância atribuídos à questão das mudanças climáticas em todo o mundo.
COP26: Avanços e Desafios na Redução de Emissões de CO2
A COP26, realizada em 2021, atraiu atenção global devido às suas tentativas de abordar a crise climática. Uma das principais metas estabelecidas foi a limitação do aquecimento global a 1,5°C, e embora essa meta tenha sido mantida, ainda há incertezas sobre como alcançá-la.
Um dos pontos destacados foi o compromisso de reduzir as emissões de CO2 em 45% até 2030 em relação a 2010, com o objetivo final de zerar as emissões até 2050. No entanto, surgiu controvérsia quando China e Índia, importantes emissores de carbono, conseguiram alterar o texto para permitir a redução gradual, em vez da eliminação gradual, do carvão como fonte de energia. Esse ajuste levanta questões sobre a eficácia das medidas acordadas.
COP26: Equidade Financeira e Responsabilidade Ambiental
Uma questão central na COP26 foi a divisão de responsabilidades e recursos financeiros entre os países. Embora os países desenvolvidos sejam os maiores emissores históricos de gases de efeito estufa, são os países em desenvolvimento que muitas vezes enfrentam as piores consequências das mudanças climáticas. Esperava-se que os países ricos assumissem uma maior responsabilidade financeira para apoiar os países mais pobres na mitigação e adaptação às mudanças climáticas. No entanto, o apoio financeiro prometido ficou aquém das expectativas, deixando um desequilíbrio persistente.
Além disso, questões sobre compensação por perdas e danos decorrentes de eventos climáticos extremos foram levantadas, com propostas para que os países ricos assumissem essa responsabilidade. No entanto, houve resistência por parte de países como Europa e EUA, destacando a complexidade e os desafios de alcançar um consenso global sobre questões financeiras e de responsabilidade.
COP26: Desafios na Redução do Desmatamento e das Emissões de Metano
Outra área de foco na COP26 foi o desmatamento e as emissões de metano, especialmente relacionadas à indústria pecuária. Metas ambiciosas foram estabelecidas para zerar o desmatamento até 2030 e reduzir as emissões de metano em 30% até o mesmo ano. No entanto, alcançar esses objetivos exigirá esforços significativos, especialmente no que diz respeito às práticas agrícolas e ao consumo de carne.
COP26: Desafios na Implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs)
As Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) são fundamentais para os esforços globais de combate às mudanças climáticas, delineando os compromissos individuais de cada país para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Na COP26, foi acordado que os países devem apresentar novas NDCs até o final de 2022. No entanto, a falta de planos concretos e a ausência de medidas claras de implementação levantam preocupações sobre a capacidade de alcançar os objetivos estabelecidos.
Dessa forma, a COP26 foi um evento crucial para abordar a crise climática global, mas também destacou os desafios significativos que permanecem. A necessidade de cooperação internacional, equidade financeira e ação concreta são mais urgentes do que nunca. À medida que avançamos, é essencial que os países se comprometam não apenas com metas ambiciosas, mas também com planos claros e medidas tangíveis para alcançá-las. O futuro do nosso planeta depende disso.
Principais Objetivos da COP26 :
- Limitar o aquecimento global a 1,5°C: Estabelecer metas ambiciosas para conter o aumento da temperatura média global e evitar consequências catastróficas das mudanças climáticas.
- Reduzir as emissões de CO2: Definir compromissos para reduzir as emissões de dióxido de carbono, visando alcançar uma redução de 45% até 2030 em relação aos níveis de 2010 e atingir a neutralidade de carbono até 2050.
- Equidade financeira e responsabilidade ambiental: Garantir uma distribuição justa de recursos financeiros e responsabilidades entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, para apoiar a mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
- Zerar o desmatamento: Estabelecer metas para eliminar o desmatamento até 2030 e reduzir as emissões de metano, especialmente relacionadas à indústria pecuária, em 30% até o mesmo ano.
- Implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs): Assegurar que os países apresentem e cumpram suas metas individuais de redução de emissões, conforme estabelecido em suas NDCs, com monitoramento e relatórios regulares sobre seu progresso.
O que deu certo e o que falhou na COP26
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26) foi um evento de extrema importância para abordar a crise climática global. No entanto, houve tanto progressos significativos quanto desafios que ainda precisam ser superados. Aqui estão alguns pontos destacados sobre o que deu certo e o que falhou na COP26:
O que deu certo na COP26 :
- Manutenção da meta de 1,5°C: Uma das principais vitórias da COP26 foi a manutenção do compromisso de limitar o aquecimento global a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. Isso demonstra um reconhecimento global da urgência em agir contra as mudanças climáticas.
- Acordo sobre redução de emissões de CO2: Foi alcançado um acordo para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 45% até 2030 em comparação com os níveis de 2010, com o objetivo final de atingir a neutralidade de carbono até 2050. Isso representa um passo importante em direção à mitigação das mudanças climáticas.
- Metas relacionadas ao desmatamento: Estabelecer metas para zerar o desmatamento até 2030 e reduzir as emissões de metano em 30% até o mesmo ano foram considerados avanços positivos na abordagem das causas das mudanças climáticas, especialmente no que diz respeito à indústria pecuária.
O que falhou na COP 26:
- Equidade financeira e responsabilidade ambiental: Apesar do reconhecimento da necessidade de os países desenvolvidos apoiarem os países em desenvolvimento na adaptação e mitigação das mudanças climáticas, o apoio financeiro prometido ficou aquém das expectativas. Isso destaca uma lacuna persistente na equidade financeira e na responsabilidade ambiental.
- Falta de compromissos concretos: Embora tenham sido estabelecidas metas ambiciosas, como a redução de emissões e o fim do desmatamento, muitas vezes faltam planos concretos e medidas tangíveis para alcançá-las. Isso levanta dúvidas sobre a eficácia das metas estabelecidas na COP26.
- Resistência a discussões importantes: Em alguns casos, houve resistência a discussões importantes, como a compensação por perdas e danos causadas por eventos climáticos extremos. Isso demonstra a dificuldade em alcançar um consenso global sobre questões cruciais relacionadas às mudanças climáticas.
Em resumo, embora a COP26 tenha alcançado alguns avanços importantes, ainda há muito trabalho a ser feito para enfrentar efetivamente a crise climática e garantir um futuro sustentável para o nosso planeta.